A maioria das empresas opta por ter um departamento de comunicação interno. Mas muitas outras preferem contratar freelancers ou produtoras de audiovisuais, tendo em conta que as atividades desenvolvidas pela empresa não justificam contratar diversos especialistas, para integrar os quadros das empresas. Existem ainda empresas que tomam essa decisão, por motivos de gestão. Neste artigo revelamos-lhe os principais passos a ter em conta na altura de contratar uma equipa de freelancers para fazer a cobertura dos seus eventos empresariais.
1. Escolher o tema e o ângulo de abordagem
Criar conteúdo para o meio digital pode parecer, à primeira vista, algo relativamente fácil. Mas não é. Tudo passa pela escolha do tema adequado, tendo em conta a estratégia comunicacional da empresa, e o interesse do público alvo. Embora a decisão da escolha do tema pertença à empresa contratante, o freelancer tem sempre a possibilidade de trabalhar o tema de forma diferenciada.
Muitas empresas não têm uma estratégia definida e optam por indicar apenas o tema da reportagem a desenvolver, sem saber muito bem qual o ângulo de abordagem que pretendem trabalhar. E é por isso que a ajuda de um profissional com formação na área da comunicação ou jornalismo pode ser a diferença entre contar ou não uma boa história.
Mesmo que não tenha todas as respostas às perguntas que a equipa de reportagem lhe vai fazer, pense no objetivo da reportagem. Se tiver uma ideia clara da mensagem a ser transmitida ao seu público, será relativamente fácil encontrar uma solução que vá ao encontro das suas expetativas.
2. Observar a concorrência
Desenvolver conteúdos sem estar a par do que a sua concorrência faz em termos comunicacionais nunca é uma boa opção. É importante perceber a tática utilizada pelas empresas da sua área de atuação, não para retirar ideias, mas para poder identificar o que não deve ser feito e o que poderá fazer para acrescentar ainda mais valor.
A forma mais prática de o fazer é colocar-se no papel do consumidor e tirar notas sobre os vídeos corporativos que vai observar. Relativamente à forma, o que é que torna um vídeo mais ou menos apelativo? Em relação à imagem, o que é que as cores, ângulos e iluminação escolhida lhe transmitem em termos de emoções? E por último, no que toca à mensagem, de que forma é que a história captou a sua atenção e porquê? Este simples exercício vai dar-lhe alguns inputs sobre a melhor maneira de transmitir os seus conteúdos.
3. Adaptar o conteúdo à plataforma
Faça uma reunião ou forneça um briefing detalhado aos profissionais que vão estar no terreno. Independentemente do seu objetivo, quanto mais informação passar à equipa que vai colaborar com a sua empresa, mais satisfatório será o resultado final.
Cada plataforma tem as suas especificidades e é procurada por determinadas características. O Facebook, o Instagram, o Youtube e o LinkedIn permitem-lhe partilhar conteúdos em vídeo, mas têm uma utilização distinta, tendo em conta a audiência.
Conte com a visão e a experiência dos profissionais do setor e peça-lhes uma opinião, tendo em conta o canal onde pretende disseminar o conteúdo.
4. Criar uma mensagem clara
Não tente contar várias histórias num só vídeo. Acabará por confundir a sua audiência e não conseguir obter as reações que deseja. Se o seu objetivo é informar os clientes e potenciais clientes de um acontecimento que envolveu a sua empresa, cinja-se ao estilo notícia e revele os pontos chave do acontecimento, criando uma dinâmica num vídeo de cariz informativo.
Se, por outro lado, pretende fazer um apelo à ação, promovendo os seus produtos ou serviços, crie uma história à volta do produto e siga à risca o princípio “uma ideia, uma história” do início ao fim. É preferível ter várias histórias com a duração de 2 a 3 minutos por vídeo ao invés de criar um vídeo de 10 minutos que dificilmente o seu público visualizará até ao fim e que irá gerar confusão.
A estrutura é simples. Após a visualização é fundamental que se perceba qual é a mensagem que está a ser transmitida. Lembre-se que em comunicação, por vezes, “menos é mais”.
5. Não esquecer o fator humano
As histórias são feitas de pessoas e para pessoas. Não há como contrariar isso. Não tenha receio de incluir os seus colaboradores no guião da sua história. E não perca a oportunidade de dar ao seu público alvo uma perspetiva na ótica do cliente.
Inclua os testemunhos dos seus colaboradores nos vídeos institucionais. Essa poderá ser, também, uma boa opção para os vídeos de produto, embora a visão do cliente seja a mais adotada e a que traz mais frutos.
Como vê, a preparação da mensagem é fundamental para conseguir concretizar os seus objetivos. E os resultados alcançados com os vídeos que publicar serão, seguramente, muito superiores se adotar uma boa estratégia comunicacional.
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